Quem nunca passou pela situação de pedir na lanchonete um refrigerante ou água gaseificada? E quem após ver a garrafinha aparentemente gelada acaba ficando triste quando aparece o barulho “Shiiiiiiiiiiiiiiiiii...”. Logo pensamos: “pronto, está QUENTE!”
Quente? Mas como podemos saber só pelo barulho? Nem chegamos a provar! Vamos compreender então este mistério! Para isso devemos voltar um pouco no tempo e ver como são fabricadas estas bebidas gaseificadas!
A criação do refrigerante se deu aproximadamente no ano de 1676 em Paris, numa pequena empresa que sem saber o que estava fazendo acabou misturando água, sumo de limão e açúcar, para ver no que iria dar...
Surgem então décadas de história e milhares de produtos diferentes até chegarmos ao século XX e XXI.
No Brasil, a primeira fábrica começou a produzir em definitivo no ano de 1941, na cidade de Recife/PE. Mas voltemos até a produção!
Inúmeros produtos
Apesar de existirem diferentes sabores, cores e odores, existe um ingrediente que não muda, podendo sim se apresentar em maior ou menor quantidade, mas sempre vai estar lá...o gás carbônico! Sim, ele mesmo! Nós respiramos Oxigênio e liberamos Gás Carbônico para depois no calor ingerirmos novamente! Estranho não é mesmo? Coisas do mundo moderno!
O gás carbônico se encontra dissolvido no refrigerante na forma: CO2 + H2O--> H2CO3--> H+ + HCO3¨
Para este processo os químicos damos um nome específico: carbonatação. Ela ocorre quando o gás carbônico (dióxido de carbono) é adicionado a uma solução aquosa (água) que até o momento no nosso caso chamaremos de XAROPE para só depois da inclusão do Gás que poderemos chamar de refrigerante. O dióxido de carbono reage quimicamente com as moléculas de água formando ácido carbônico.
Esta quantidade de dióxido de carbono dissolvido pode atingir as 8 gramas/litro dependendo do produto que está sendo fabricado.
Só que esse ácido carbônico é muito instável. Ele é gás, e sendo assim quer sair do líquido de qualquer jeito, por isso existe um outro truque! Na fabricação do refrigerante, na hora da sua produção ele está gelado! Faz-se a carbonatação e fecha-se rapidamente(colocando-se tampa ou lacre).
Então o refrigerante é fabricado gelado, compramos quente e gelamos novamente, tudo isso para ingerirmos o Gás Carbônico que havíamos “jogado fora” durante a respiração!
Após o lacre, a pressão dentro da garrafa é maior que a de fora, fazendo com que aquele espaço vazio dentro da garrafa acabe ficando preenchido pelo gás carbônico que está louquinho para sair!
Quando você abre a garrafa, a pressão diminui e o ácido carbônico acaba se transformando de novo em gás carbônico e água. Como o gás demora um pouco para sair, porque existem moléculas de gás carbônico ligadas às moléculas do líquido, quando isso ocorrer, vai ficar tudo sem graça, teremos suco e não refrigerante não é mesmo?
Agora que você já sabe o segredo da espuma e do barulhinho, já pode dizer ao garçom: “Não teria um mais gelado?”
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